Enciclopédia da Terra-Média
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SauronH
Sauron
SauronH

Informações biográficas
Outros nomes Mairon, Annatar, Artano, Aulendil, Gorthaur, Zigûr, O Necromante
Título(s) O Senhor dos Anéis, O Inimigo, Inominável, Senhor Sombrio
Nascimento Antes do Ainulindalë
Morte Imortal, morte física: 25 de março de 3019 TE, Batalha de Morannon
Afiliação Dor-na-Daerachas (Primeira Era), Mordor & Dol Guldur (Segunda & Terceira Eras)
Cultura(s) Originalmente MaiarMaia de Aulë, posteriormente de Melkor
Raça Ainur (Maiar)
Nos bastidores
Ator(es) Sala Baker (Trilogia de Peter Jackson)

Charlie Vickers (Anéis de Poder)

Dublador(es) Alan Howard (Trilogia de Peter Jackson)

Benedict Cumberbatch (Trilogia O Hobbit)

Sauron, também conhecido como Senhor do Escuro de Mordor ou Senhor Sombrio, por vezes referido como Inimigo do Mundo, é um Maia que se tornou o tenente mais poderoso de Morgoth, o primeiro Senhor Sombrio. Mais tarde seria o criador do Um Anel. Foi o maior inimigo dos Povos Livres da Terra-média e o principal antagonista de O Senhor dos Anéis, apesar de aparecer em várias outras obras do Legendário.

História[]

Primeira Era[]

Durante a Primeira Era da Terra-média, ele era conhecido como Mairon, o Admirável, e trabalhava na forja do Vala Aulë. Eventualmente, ele se afeiçoou ao plano de Morgoth para ordenar o mundo e dominar as outras raças, tornando-se seu tenente e auxiliando na guerra que o primeiro Senhor Sombrio travava contra os Elfos e os Homens em Beleriand. Assim, passaram a chamá-lo de Sauron, o Abominável. Ele provou ser um servo devotado e capaz: "Enquanto Morgoth estava no poder, Sauron não procurou ser superior, mas trabalhou e desejou o triunfo de Melkor, que no começo, ele adorava". Depois da queda do seu mestre na Guerra da Ira, ele se escondeu para escapar do julgamento dos Valar.

Segunda Era[]

"Muito lentamente, começando com motivos razoáveis, a reorganização e a reabilitação da ruína da Terra-média, 'negligenciada pelos deuses', ele torna-se uma reencarnação do Mal e um ser que anseia pelo Poder Completo"[1]. Na Segunda Era, após ficar oculto por 500 anos, Sauron voltou a agir. No ano 1000 SE, ele se tornou poderoso o suficiente para se estabelecer em Mordor, na parte sudeste da Terra-Média, onde deu início à construção de Barad-dûr, a Torre Sombria, perto de Orodruin, a Montanha da Perdição. Também reuniu Orques, Trols e outras criaturas das trevas para formar seu exército.

Entre 1200 e 1500, ambicionando enganar Elfos e Homens, Sauron tomou uma forma física bela e agradável, sob o nome de Annatar, o Senhor dos Presentes. Ele tentou entrar no reino élfico de Lindon ao se dizer um enviado dos Valar, oferecendo seus ensinamentos grandiosos. Mas o Alto-Rei Gil-galad proibiu sua entrada, bem como Elrond e Galadriel desconfiaram de suas palavras. Então Annatar partiu para Eregion, onde o ferreiro Celebrimbor, neto de Fëanor, o recebeu de bom grado. E lá, Sauron enganou os artifícies-élficos para que forjassem os Anéis de Poder, cuja característica principal era prevenir e retardar a decadência das coisas que fossem amadas e desejadas pelos seus portadores. Foram feitos inicialmente os chamados anéis menores. Depois de Celebrimbor se aperfeiçoar na arte ensinada por Annatar, os dois fizeram os Sete Anéis, presenteados aos Pais dos Anãos. Em seguida forjaram os Nove Anéis, dados aos Homens. Quando Sauron se sentiu satisfeito, ele partiu para Mordor, onde fizera o Um Anel, em 1600 SE, para controlar os demais e submetê-los à sua vontade. Mas enquanto ele ia para a Terra da Sombra, Celebrimbor fez os Três Anéis dos Elfos, entregando um a Galadriel e dois a Gil-galad (que depois deu os seus a Círdan, o Armador e Elrond). E embora a mão de Sauron nunca os tivesse tocado, eles também eram submissos ao Um.

O plano de Sauron fracassou por dois motivos: os Anãos eram mais resistentes à sua dominação do que o esperado; e os elfos retiraram os anéis assim que sentiram a maldade do Senhor Sombrio quando ele pôs o Um Anel em seu dedo. Somente os Nove Anéis cumpriram seu propósito, de maneira que seus portadores decaíram ao longo dos anos até se tornarem Nazgûl, os Espectros-do-Anel. Após isso, toda a Terra-média enfim viu revelada a traição de Sauron, e uma guerra teve início. Com seu exército, em 1697, o Senhor Sombrio invadiu a região de Eriador e destruiu Eregion, matando Celebrimbor. Seu exército cercou Lindon, mas reforços vindos de Númenor, enviados por Tar-Minastir, fizeram Sauron recuar. Com isso, houve paz por um longo período.

Em 3261 SE, após Sauron se recuperar e se declarar Rei dos Reis, Ar-Pharazôn, o Dourado, Rei de Númenor, em seu orgulho, aportou nas costas da Terra-média para enfrentá-lo. Suas tropas eram tão imponentes que os serviçais de Sauron temeram, e no ano seguinte o próprio Senhor Sombrio se rendeu, sendo levado cativo para Númenor. No entanto, os Númenóreanos deram exatamente o que ele queria: uma entrada para a ilha. Em pouco tempo, Sauron, como era belo e parecia sábio aos olhos dos Homens, deixou de ser prisioneiro para se tornar o conselheiro mais importante do rei. Ele semeou nos corações dos Númenóreanos ainda mais o ódio e o medo da morte. Cultos a Melkor surgiram, templos foram erguidos em nome de Sauron e Númenor se viu ainda mais divida entre os Fiéis e os Homens do Rei. O próprio Ar-Pharazôn foi convencido de que os Valar conspiravam para favorecer os Elfos em detrimento dos Homens, pois temiam o poder destes se tivessem imortalidade. Assim, em 3310 SE, a conselho de Sauron, ele construiu a maior frota armada já vista, chamada Grande Armamento, e com ela desafiou a Interdição dos Valar e navegou até Aman, pisando em sua costa no ano 3319. Como resposta, Eru Ilúvatar foi chamado pelos Valar, e ele destruiu todos os navios com a Grande Onda e abriu uma fissura na terra, provocando a Queda de Númenor. Lá, o corpo de Sauron foi destruído, mas seu espírito fugiu de volta para Mordor. Então ele fez para si um novo corpo, mas como agora seu poder fora diminuído, ele só podia assumir uma forma hedionda e maligna. De lá, também escaparam alguns poucos Númenóreanos, sendo Elendil, o Alto, e seus filhos Isildur e Anárion os mais importantes, pois fundaram os reinos de Gondor e Arnor em 3320.

No ano 3429, Sauron atacou Gondor ferozmente, fazendo com que Isildur buscasse apoio de Elendil no Norte. Assim foi formada a Última Aliança de Elfos e Homens (que também contava com a participação dos Anãos), liderada por Gil-galad e Elendil. E tal hoste rechaçou o poderio de Sauron na Terra-média e marchou contra Mordor. Em 3434 ocorreu a Batalha de Dagorlad, em que as forças de Mordor foram derrotadas. Como consequência, a Última Aliança cercou Barad-dûr por sete anos, e em 3441, no momento derradeiro, o próprio Sauron se apresentou para lutar contra Gil-galad e ElendiI. Os dois derrotaram o Inimigo do Mundo, mas também pereceram na batalha. Foi após isso que Isildur tomou o Um Anel de Sauron cortando seu dedo com os fragmentos de Narsil, a espada de Elendil.

Terceira Era[]

Por muito tempo pensou-se que Sauron estava de fato derrotado, mas como ele colocou grande parte de seu poder no Um Anel, e o objeto sobrevivera, ele não morreu por completo.

Ao longo da Terceira Era, os Nazgûl ressurgiram. O líder deles se tornou o Rei-bruxo de Angmar, sendo responsável por guerrear contra Arnor e provocando seu declínio. Entre 2000 e 2003 TE, os Nazgûl tomaram Minas Ithil, que se tornou Minas Morgul. Ao mesmo tempo, Gondor lidava com problemas internos e ataques dos Corsários de Umbar e dos Carroceiros. Pois também se juntaram aos servidores de Sauron os Lestenses, vindos de Rhûn, e os Sulistas, de Harad, além dos Homens de Khand.

O Necromante em Dol Guldur e retorno a Mordor[]

O Conselho Branco, formado por Elrond, Galadriel, Gandalf e Saruman, suspeitava de uma treva crescente em Dol Guldur, em Verdemata, que passou a ser chamada de Trevamata. Ali, o Necromante, que era simplesmente Sauron ressurgido, agiu recuperando o que podia dos Sete Anéis e buscando informações do Um Anel. Com o tempo, Sauron aumentou novamente em poder, e quando Gandalf o expulsou da fortaleza, ele voltou para Mordor e iniciou a reconstrução de Barad-dûr, declarando-se ao mundo novamente. Os Nazgûl se juntaram diante seu comando, os Orques, agora multiplicados, já formavam um grande exército e os reinados dos Homens enfraqueciam cada vez mais.

A Guerra do Anel e a queda de Sauron[]

Quando Gollum se infiltrou em Mordor procurando por Bilbo Bolseiro, ele foi levado para a Torre Sombria e torturado, e assim Sauron ficou sabendo que seu Anel caíra em posse de um hobbit do Condado. Por anos ele buscou esse local, até que em 3018 TE teve início a Guerra do Anel, em que Aragorn, o Herdeiro de Isildur, desafiou o Senhor Sombrio, e os reinos de Rohan e Gondor se uniram para resistir à invasão de Mordor, ao mesmo tempo em que Frodo Bolseiro, portando o Um Anel, partiu rumo ao Monte da Perdição para destruir o artefato e derrotar Sauron definitivamente. Enfim, no ano de 3019 TE, o Anel caiu nas chamas de Orodruin e Sauron foi derrotado, de forma que nunca mais conseguiu assumir forma física e passou a viver como um espírito de ódio vagando pelo mundo, uma mera lembrança de um mal distante.

Poderes e habilidades[]

Não há explicações claras sobre os artifícios utilizados por Sauron nas obras, mas seus feitos mágicos são notáveis. Por ser aprendiz de um ferreiro, ele era muito hábil na fabricação e artes de maquinaria. Por conta disso, ele projetara estruturas, em grande parte subterrâneas, ao longo de Mordor que controlavam os rios de fogo de Orodruin para os locais desejados, além, é claro, de ter feito uso das chamas do Monte da Perdição para forjar o Um Anel. Em O Retorno do Rei, ele, de alguma forma, foi capaz de obscurecer a luz do Sol com sombra, para abater os corações de seus inimigos e facilitar a passagem dos orques para a guerra. Seguindo essa lógica, como um ser das trevas, ele também corrompia a natureza, matando toda flora em seus domínios e secando muitos rios, apenas com sua presença prolongada no local e a proliferação de seu poder sombrio. Além disso, sendo um dos Maiar, ele podia assumir diversas formas corpóreas, mesmo a de um lobo, que usou para enfrentar Húan na Primeira Era. Entretanto, a mais famosa representação de seus poderes era o Olho. Descrito como um grande olho em chamas e sem pálpebras, o Olho de Sauron representava a sua visão sobre quase todas as coisas da Terra-média, por mais distantes que fossem. Vale lembrar que nos filmes dirigidos por Peter Jackson, o Olho era muito mais a representação do próprio Sauron do que sua "onisciência" em si. Outras habilidades menores envolviam uma espécie de telepatia entre ele e os Nazgûl, que eram seus servos mais fiéis, e a capacidade de tentar seduzir mentalmente os portadores dos Três Anéis, como Galadriel menciona a Frodo em A Sociedade do Anel, no capítulo "O Espelho de Galadriel".

Desenvolvimento, etimologia e outras versões[]

[Em construção]

Curiosidades[]

  • Apesar de ser um dos personagens principais em O Senhor dos Anéis, Sauron nunca apareceu diretamente durante os eventos da trilogia. Não há nenhuma descrição detalhada sobre a sua aparência, só termos vagos. No filme dirigido por Peter Jackson, Sauron é representado no prólogo de A Sociedade do Anel como um guerreiro alto vestindo uma armadura preta, aparentemente de ferro, parecida com a de Morgoth. Uma representação semelhante acontece em Os Anéis de Poder;
  • A galáxia NGC-4151 foi batizada informalmente pelos astrônomos como "Olho de Sauron", devido à sua semelhança com o Olho representado nos filmes de Peter Jackson;
  • O dia 25 de março, data da derrota definitiva de Sauron no calendário de Gondor, foi escolhido como a data para comemorar o "Tolkien Reading Day" (Dia de Ler Tolkien, em tradução livre), em que as pessoas se reúnem para ler e debater as obras de J.R.R. Tolkien.

Galeria[]

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  1. Silmarillion logo O Silmarillion – "Quenta Silmarillion": III Da chegada dos Elfos e do cativeiro de Melkor
  2. Contos logo Contos Inacabados – "Terceira Parte: Terceira Era; A Busca de Erebor"
  3. Sdapp O Senhor dos Anéis – "Apêndice: Anais dos Reis e Governantes: III. O Povo de Durin"
  1. J.R.R. Tolkien na Carta para Milton Waldman (carta 131), traduzida por Reinaldo José Lopes. O texto pode ser encontrado principalmente em O Silmarillion.
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