Sindar | |
Sindar, por Turner Mohan | |
Informações | |
Outros nomes | Sindeldi (Q.),[1] Edhil, Eglath (S. Elfos-cinzentos de Beleriand |
Língua | Sindarin |
Povo | Iathrim, Mithrim, Falathrim |
Tempo de vida | Biológicamente imortais |
Cabelo | Preto, cinza |
Sindar (Q.: "Os Cinzentos", sing. Sinda), também conhecidos como Elfos-cinzentos, eram elfos de origem telerin que habitavam Beleriand.[2]
Estavam unidos sob Elu Thingol, o Rei de Doriath.[3]
Eles pertenciam aos teleri, que aceitaram o convite dos Valar e partiram na Grande Jornada em direção a Valinor, sendo contados entre os eldar, embora também fossem contados entre os moriquendi, pois nunca chegaram a pisar em Valinor antes da destruição das Duas Árvores, como os calaquendi fizeram,[note 1] estabelecendo-se nas terras de Beleriand.
No entanto, eles ainda se tornaram os mais belos, sábios e habilidosos dos elfos da Terra-média sob o governo de Thingol e Melian em Doriath, e por isso também chamados de Elfos do Crepúsculo.[3]
História[]
Origem[]
Os teleri eram o maior dos três grupos dos eldar. Por esse motivo, eles tinham dois líderes durante a Grande Marcha desde Cuiviénen, os irmãos Elwë (mais tarde conhecido como Elu Thingol em Sindarin) e Olwë. Os dois senhores também tinham um irmão menor, Elmo. Quando os teleri chegaram a Beleriand, Elwë foi vagar pelas florestas como costumeiramente fazia. Em Nan Elmoth, ele encontrou Melian, uma dos Maiar. Eles se apaixonaram, e os dois ficaram enfeitiçados em Nan Elmoth por vários anos.[4]
Enquanto isso, Olwë e muitos dos Teleri não puderam esperar mais e partiram para Aman sem Elwë e seus seguidores, que preferiram ficar em Beleriand para procurar por seu rei. Mais tarde, eles se tornaram conhecidos como os Eglath (os "Abandonados"). Durante esse tempo, eles podem ter sido governados pelo irmão mais jovem Elmo, que estava entre eles. Finalmente, Elwë despertou do feitiço e voltou para seu povo, fundando um reino no meio de Beleriand: Eglador ("Terra dos Abandonados" ou "Terra dos Elfos"). Os anãos de Nogrod e Belegost nas Montanhas Azuis foram contratados para ajudar na construção da cidade de Menegroth.
Pouco antes da chegada dos noldor do exílio, o Senhor Sombrio Morgoth retornou à sua antiga fortaleza de Angband, e suas atividades aumentaram. Thingol fez com que Melian usasse sua magia para criar um cinto de confusão ao redor de Eglador, para que ninguém pudesse entrar sem permissão do rei. Daquele momento em diante, ficou conhecido como Doriath ("Terra da Cerca") e os Sindar que habitavam dentro de suas fronteiras eram chamados de Iathrim ("Povo da Cerca"). Thingol permaneceu como Rei Supremo dos Sindar e Soberano nominal de Beleriand, embora especialmente os Noldor seguidores dos filhos de Fëanor geralmente ignorassem seus comandos.
Distribuição[]
Além dos Eglath e dos Iathrim, outros Teleri também permaneceram em Beleriand e foram contados entre os Sindar: estes eram os amigos de Ossë, o Maiar, que haviam se apaixonado pelas costas da Terra-média e não desejavam partir. Seu líder era Círdan, e eles estabeleceram cidades em Eglarest e Brithombar. Eles eram conhecidos como os Falathrim, ou "Elfos de Falas".[5] Eles não faziam parte do reino de Eglador, mas ainda reconheciam Thingol como seu Rei Supremo.[6]
Outros grupos de Sindar também se estabeleceram em Hithlum e em Nevrast[5], ao norte de Eglador, embora não tenham formado reinos próprios. Esses eram os Elfos de Mithrim. Além disso, Sindar de Nevrast mais tarde se mudaram com Turgon para Gondolin.[7][8]
Um último grupo de Teleri em Beleriand eram os Laiquendi ou "Elfos Verdes"; eles não foram contados como Sindar, pois originalmente não abandonaram a Grande Jornada em Beleriand. Os laiquendi eram descendentes dos nandor, um grupo dos teleri que havia se separado da Grande Jornada antes das Montanhas Sombrias e seguira ao sul ao longo do Grande Rio.
Uma parte deles, liderada por Denethor filho de Lenwë, eventualmente cruzou as Montanhas Azuis e se estabeleceu em Ossiriand, ou como ficou conhecida mais tarde, Lindon ("Terra dos Cantores"). Eles permaneceram um povo à parte por muito tempo, embora muitos deles tenham se mudado para o reino de Thingol após a morte de Denethor.
Os teleri de Eglador, das terras do norte e das Falas foram coletivamente conhecidos como os Sindar em dias posteriores, pois eles desenvolveram uma civilização própria que quase igualava a dos calaquendi ou elfos de Valinor.
Hiistória posterior[]
No início da Segunda Era, após a Guerra da Ira, muitos dos eldar que não tinham desejo de deixar a Terra-média recuaram para Lindon. Os sindar principalmente se concentraram em Harlindon, sob a liderança de Celeborn. Alguns entre eles, que não desejavam se unir aos outros sindar dominados pelos noldor, deixaram Lindon. Alguns sindar (junto com noldor e elfos verdes) seguiram Celeborn e Galadriel para Eriador e por algum tempo habitaram as terras ao redor de Nenuial.[9]
Outros vieram para o reino florestal a leste das Montanhas Sombrias[10]. Eles se tornaram os governantes dos Elfos Silvestres que viviam ali e estabeleceram o Reino da Floresta, Eryn Galen (S "Eryn Galen") e Lórinand (ou Laurelindórenan). Os elfos silvestres compartilhavam uma herança comum com os sindar, já que tanto os elfos silvestres (originalmente conhecidos como os Nandor) quanto os sindar eram do clã dos teleri. Os sindar logo se mesclaram com os elfos silvestres e abraçaram e adotaram sua cultura, desejando experimentar um modo de vida mais "rústico" e "natural", como era o caso após o despertar em Cuiviénen.[10]
Outros sindar haviam fundado o refúgio de Edhellond no sul, e também receberam elfos silvestres que migraram para lá.[11]
Idioma[]
A língua dos sindar evoluiu do telerin comum ao longo das eras em que estiveram separados de seus parentes. Entre eles, sua própria língua não tinha um nome, uma vez que era a única que eles já ouviam, e não precisava de um[13], mas em quenya, a língua foi designada como Sindarin. Durante a Primeira Era, havia vários dialetos que se enquadravam na categoria do sindarin: Doriathrin, mithrimin e falathrin. No momento em que os noldor chegaram a Beleriand, as línguas entre os dois continentes se tornaram mutuamente incompreensíveis, mas os noldor aprenderam rapidamente. O sindarin eventualmente substituiu o quenya como a língua usada pelos noldor em Beleriand, mesmo em assentamentos predominantemente Noldorin, como Gondolin, embora o quenya tenha sobrevivido como uma língua de conhecimento.
Nas Eras posteriores, o sindarin era a língua élfica usada na fala cotidiana em toda a Terra-média. Ela também foi adotada para uso cotidiano pelos homens da Casa de Beor e mais tarde pelos númenóreanos, e permaneceu em uso nos reinos no exílio de Gondor e Arnor.
Quando os sindar vieram para o Leste para governar sobre os elfos silvestres, sua língua foi adotada por eles, que falavam uma língua de origem nandorin. O sindarin logo foi influenciado pela língua silvestre e esse novo dialeto ficou conhecido como élfico silvestre (ou "língua das florestas"). Nomes como Lothlórien, Caras Galadhon, Amroth, Nimrodel são possivelmente de origem élfica-silvestre, adaptados ao sindarin.[14]
Etimologia[]
O termo sindar é um nome em Quenya. Significa "Elfos-cinzentos" ou "os Cinzentos".[15][13] Foi concebido pelos exilados Noldor, derivado do PQ thindi. Um nome em quenya menos comum para esse povo era Sindeldi (sing. Sindel).[13]
O nome também pode ter se originado porque os primeiros elfos dessa origem viviam ao norte, sob os céus cinzentos e as névoas em volta do Lago Mithrim; ou porque nem não eram da Luz, nunca tendo pisado nas Terras Imortais, nem contados entre os Elfos das Trevas (Avari).[2]
Outros nomes[]
Na tradição dos dúnedain, os sindar (e às vezes os Elfos Silvestres[16]) também eram chamados de Elfos do Meio, os distinguindo dos Elfos Altos (sendo de sua linhagem) e dos Elfos Escuros, embora este último termo às vezes incluísse os sindar, devido à sua ignorância da Luz de Valinor.[17]
O nome que os sindar usavam para si mesmos era simplesmente Edhil ("Elfos", singular Edhel). Os sindar se consideravam celbin, pessoas da Luz. Os noldor, por outro lado, usando sua própria definição do que são "Elfos da Luz", não consideravam os sindar como calaquendi, que é o cognato quenya de celbin.[13]
Notas[]
- ↑ Embora seja considerado um dos Sindar, e os Sindar sejam considerados Moriquendi por não verem a luz das Duas Árvores em Valinor, Elu Thingol não é considerado um Moriquendi porque ele viajou para Valinor como Embaixador dos Valar antes de os Eldar partirem para a Grande Jornada, e assim já tinha visto a luz das Duas Árvores e era contado entre os Calaquendi.
Referências[]
- ↑ A História da Terra-média, Vol. XI: A Guerra das Jóias, Quendi e Eldar.
- ↑ 2,0 2,1 J.R.R. Tolkien, Christopher Tolkien (ed.), O Silmarillion, "Índice de Nomes"
- ↑ 3,0 3,1 J.R.R. Tolkien, Christopher Tolkien (ed.), O Silmarillion, "Quenta Silmarillion: Dos Sindar"
- ↑ J.R.R. Tolkien, Christopher Tolkien (ed.), O Silmarillion, "Quenta Silmarillion: De Thingol e Melian"
- ↑ 5,0 5,1 J.R.R. Tolkien, Christopher Tolkien (ed.), O Silmarillion, "Quenta Silmarillion: De Beleriand e seus Reinos"
- ↑ J.R.R. Tolkien, Christopher Tolkien (ed.), O Silmarillion, "Quenta Silmarillion: De Thingol e Melian"
- ↑ J.R.R. Tolkien, Christopher Tolkien (ed.), O Silmarillion, "Quenta Silmarillion: Dos Noldor em Beleriand"
- ↑ J.R.R. Tolkien, Christopher Tolkien (ed.), Contos Inacabados, "De Tuor e Sua Chegada a Gondolin"
- ↑ J.R.R. Tolkien, Christopher Tolkien (ed.), Contos Inacabados, "A História de Galadriel e Celeborn", "A respeito de Galadriel e Celeborn"
- ↑ 10,0 10,1 J.R.R. Tolkien, Christopher Tolkien (ed.), Contos Inacabados, "A História de Galadriel e Celeborn", "Apêndice B: Os príncipes Sindarin dos elfos silvestres"
- ↑ J.R.R. Tolkien, Christopher Tolkien (ed.), Contos Inacabados, "A História de Galadriel e Celeborn", "Amroth e Nimrodel", p. 247
- ↑ Aerlinn in Edhil o Imladris
- ↑ 13,0 13,1 13,2 13,3 J.R.R. Tolkien, Christopher Tolkien (ed.), A Guerra dos Jóias, "Parte Quatro. Quendi e Eldar", p. 376.
- ↑ J.R.R. Tolkien, O Senhor dos Anéis, Apêndice F, "As Línguas e Povos da Terceira Era", "Dos Elfos"
- ↑ J.R.R. Tolkien, "Palavras, Frases e Trechos em Diversas Línguas em O Senhor dos Anéis", em Parma Eldalamberon XVII (editado por Christopher Gilson), p. 117.
- ↑ J.R.R. Tolkien, Christopher Tolkien (ed.), Os Povos da Terra Média, "X. Dos Anões e dos Homens", "Notas", p. 67.
- ↑ J.R.R. Tolkien, Christopher Tolkien (ed.), Os Povos da Terra-média, "X. Dos Anões e dos Homens", "Os Atani e suas Línguas".
Ver também[]
(Amanyar) |
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